Sem rabo preso
Perguntaram ao jornalista Paulo Gilvane Borges, da Agência Radioweb, em quem ele votaria em 2018. Votaria em quem não estiver preso, respondeu. Boa e sucinta resposta. Um pessimista diria que não vai sobrar nenhum candidato sem rabo preso, o que é um exagero. Como disse Lula lá atrás, o Congresso pode ter 300 picaretas mas não é o todo dos congressistas. Alguns picaretas, aliás, ganharam essa ferramenta por atos do ex-presidente.
Boa parte dos que foram acusados ou citados vai estar livre, ou por artimanhas jurídicas ou porque simplesmente não têm culpa em cartório. A questão é a ilegibilidade. Isso posto, arrisco a dizer que o povão pode até votar nos mesmos, por assim dizer, pelo menos para o Congresso. Sei não, a tese de banimento de políticos corruptos.
Está cheio de casos assim, se não pela regra, mas por numerosas exceções. Paulo Maluf é acusado desde os anos 1970 e, mesmo assim, largava com 20% das intenções de voto para prefeito ou governador de São Paulo. Uma coisa que me incomoda são as eventuais injustiças feitas no ardor da Lava Jato e outras operações.