A decadência do pistolão

5 jun • Caso do DiaNenhum comentário em A decadência do pistolão

 Se o presidente Tancredo Neves tivesse sido atendido pelo SUS estaria vivo até hoje. Os mais variados especialistas chamados para cuidar da sua diverticulite pareciam mais preocupados em não errar e aparecer em entrevistas e matérias de jornais. Não os estou chamando de incompetentes, ao contrário, mas as coisas são assim. É um fenômeno quântico, a partícula muda quando é observada.

 Conto isso porque um colega, com largo relacionamento com estatais, governos e empresas privadas, contou-me que acionou a assessoria de imprensa de uma estatal para obter mais rapidamente o socorro para corrigir um problema técnico. Demorou para caramba e ele teve que contratar um serviço particular. Contei para ele a primeira frase desse texto, aduzindo que, no dia a dia, é ainda pior.

 Dei o exemplo do guichê para idosos nos bancos, lotéricas e órgãos públicos. Com muita frequência, você seria atendido mais rapidamente na fila dos normais. Há até uma explicação lógica, porque o idoso leva mais tempo, erra nos procedimentos e tem que refazer a operação, isso quando não é surdo e não entende o que a pessoa da janelinha diz.

 Como regra, um conselho deste mortal que já viu passarinho pastar e boi voar: pelo “SUS” genérico é melhor e mais rápido.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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