E o vento levou

22 maio • Caso do DiaNenhum comentário em E o vento levou

 Na sexta-feira, fui ao almoço de lançamento do Prêmio Exportação da ADVB-RS, um evento que acompanho desde 1972, ano em que foi instituído pelo então presidente Günther Staub. As reuniões-almoço eram no hotel Plazinha, na rua Senhor dos Passos, infelizmente, assassinado pela degradação do Centro de Porto Alegre. Nunca mais comi um coquetel de camarão como o do Plazinha, nunca.
 Eu era editor de Economia de Zero Hora, como reza minha Carteira de Trabalho. Também Fazia um comentário sobre bolsa de valores na Rádio Gaúcha. Curto como coice de mula porque o mercado bursátil era mui flaquito. Nas horas vagas, bebíamos cerveja. E jogávamos general, poker de dado, no barzinho do posto Shell, pouco adiante do prédio da RBS. A vida era boa, dentro das circunstâncias. Jornalista gaúcho nunca ganhou bem.
 Fui conferir os filmes que fazim sucesso em 1972, e não precisei garimpar muitos títulos para descobrir que Os tradutores dos títulos dos filmes sabiam que aconteceria no Brasil de hoje.  Veja se não tenho razão:
 Ali Babá e os Quarenta Ladrões, Os Desclassificados,  O Grande Gozador, O Homem de Corpo Fechado, Vozes do Medo e Sinal Vermelho.
 Sabemos quem são os desclassificados, o segundo é o clima em Brasília, o grande gozador só pode ser Joesley Batista, que se safou inteirinho. Homem de corpo fechado é o Lula. Sinal vermelho é para o Brasil. Vozes do medo são as nossas.
   E salve-se quem puder.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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