• A Globo que eu queria

    Publicado por: • 17 mar • Publicado em: A Vida como ela foi

    Eu queria a Globo de décadas anteriores quando o Jornal Nacional era apresentado pelo Cid Moreira e depois por Sérgio Chapelin. O Cid, com aquela sua placidez, passava uma imagem de tranquilidade mesmo quando o mundo estava sob mau tempo. O JN focava mais em fatos & acontecidos que foco apenas em minorias, que já nem são mais tão minorias assim, e cuidava das maiorias, que hoje parecem ser minorias.

    Eu queria a Globo do tempo do Viva o Gordo, do Chico City e do todos os inesquecíveis comediantes, incluindo os do segundo time. Eu queria a Globo do Chico e do Jô e das artes que eles produziam nos seus quadros. Eu queria os atores e atrizes da Escolinha do Professor Raimundo. Eu não queria os programas “humorísticos” da Globo de hoje, com mais caras e bocas que humor. Eu queria a Globo do Max Nunes.

    Eu queria a Globo das novelas Saramandaia e Bem Amado, a magia das formigas saindo o nariz de um dos personagens, o realismo fantástico do Juca com sua corcunda. Queria a Suzana Vieira no seu auge. Eu queria até o casal 20 Tarcísio Meira e Glória Menezes. Eu queria tanto que atores e atrizes fizessem menos protestos que atuação, inclusive falando mal da emissora que lhes paga tão bem. Eu queria a Globo daqueles tempos em que a rede fazia jus ao lema de lazer  ou entretenimento e informação.

    Eu também queria a Globo quando era comandada pelo doutor Roberto Marinho.

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  • E Deus criou o vírus

    Publicado por: • 17 mar • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    E bactérias. Pela teoria evolucionista, a humanidade surgiu de seres unicelulares que, aos poucos, foram ganhando corpo. Alguns fizeram a transição da água para a terra e outros ficaram ou na água ou como anfíbios. Não devem ter cumprido algumas regras de transição, ou se meteram de pato a ganso antes do tempo e morreram. Já os criacionistas acreditam que Deus fez o homem em um só dia e depois fez a os animais. Eva é um caso à parte. Como nas churrascarias, fizeram um costelão 12 horas.

    ANJOS E DEMÔNIOS

    Nem a ciência nem os criacionistas explicam como surgiram os seres do mal, bactérias e vírus. Verdade é que há bactérias do bem, nosso intestino está cheio delas. Mas em algum momento houve uma dissidência. Acho que foi igual aos anjos que viraram demônios, na grande celestial para ver quem mandava no pedaço. Lúcifer perdeu, diz a Bíblia, mas eu cá tenho fortes dúvidas. É só olhar em redor. Os livros sagrados enganaram o leitor. Procon neles. Seja como for, ninguém explica como surgiram esses seres minúsculos que regulam nossa vida. O humor, por exemplo, é coordenado pelas bactérias intestinais.

    A VITÓRIA DO INFERNO

    Há uma possibilidade. Pode ser que, assim como anjos e demônios, no início, todas as bactérias e vírus fossem do bem. Na grande nanobatalha, os bons perderam, não resta a menor dúvida. Talvez porque levem uma vida chata, pelo nosso parâmetro pelo menos, em determinados momentos esses seres maus saiam da toca e começam a infernizar a vida das pessoas. As boas são apenas sobreviventes. Um dia serão todas do mal, e esse realmente será o fim do mundo.

    MILÊNIO DROGADO

    Assisti na TV uma hora de música popular britânica, bandas de rock e sucedâneos. Como aqui, as letras geralmente remetem à autodestruição. Uma boa parte delas fala em se entupir de drogas e/ou álcool para ser feliz, mesmo que algumas falem que sabem que é ida ao inferno sem bilhete de volta. As falsas músicas sertanejas daqui também não podem viver sem álcool. A toda hora, os cantores e cantoras falam em tomar um porre ou declaram seu amor pela cerveja.

    PAUSA QUE NÃO REFRESCA

    Você acorda de manhã e se lembra da pandemia. Por alguns instantes, é levado a crer que foi apenas um pesadelo, que nada daquilo que o atormenta é real. Por alguns instantes. Depois vem o gosto amargo da realidade.

    A DÉCADA DO MEDO

    Não lembro de toda minha existência um clima como o de agora. Nos anos 1960, o temor de uma III Guerra Mundial era mais que uma hipótese, era quase uma certeza. Os alemães tinham certeza de que o primeiro tanque de uma invasão soviética na Europa passaria pelo Portão de Brandeburgo, e em caso de míssil ou bomba nuclear, a primeira careca radioativa seria de um alemão ocidental. Por isso eles só tinham filhos por acidente.

    Para quem era bem informado, meu caso, o temor de uma guerra nuclear já preocupava. Tínhamos a esperança que talvez a radiação não nos atingisse porque o conflito não chegaria à América do Sul. Dizia aos meus amigos que a radioatividade não conhece fronteiras, então estávamos tão ferrados ou mais que europeus e americanos.

    UM BRASIL BLINDADO

    A maioria do povo brasileiro não tinha a menor ideia desse perigo, e se dele tomava conhecimento achava que não nos atingiria. Além do mais, a imprensa levava tempo para publicar algo acontecido em outro continente. Havia o rádio, esse sim, capaz de transmitir horrores e felicidades em tempo quase real.

    De qualquer forma, não deixávamos de ir ao colégio, ao cinema ou ao bar por causa do perigo de um conflito mundial. O mundo ficava longe e Deus era brasileiro além de ser nosso amigo. Pelo que o Brasil era, foi e provavelmente será, amigo da onça.

    PENSAMENTO DO DIAS

    Se a vida passa, o coronavírus também passará.

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  • É o destino do vidro se partir.

    • Provérbio francês •

  • O Brasil que dá certo

    Publicado por: • 17 mar • Publicado em: O Brasil que funciona

    COM o principal foco no marketing político e eleitoral, iniciam hoje as atividades da Confirma Brasil, consultoria formada por 3 experientes jornalistas: Isara Marques, Anilson Costa e Gabriela Mendonça.

    Com experiência em mais de 30 campanhas eleitorais, além de forte atuação na comunicação pública e privada, os sócios da Confirma Brasil oferecem serviços que vão desde a análise de cenários para candidatos às prefeituras municipais, até a execução de programas de rádio, TV e gerenciamento de redes sociais.

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  • O dinheiro que queima

    Publicado por: • 16 mar • Publicado em: A Vida como ela foi

    Certa vez, visitei o advogado Justino Vasconcellos, ex-presidente da OAB/RS. Corriam os anos 1980 e eu ainda fumava. Durante a conversa, puxei o maço e, quando ia acender a peste, vi o olhar reprovador do doutor Justino. Meio que sem jeito, guardei o cigarro no maço e falei.

    – Pois é, eu preciso parar. Até por causa do dinheiro….

    Meu amigo devolveu na hora,

    – Eu parei há 30 anos e nem por isso fiquei rico.

     

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