Diário da peste

15 abr • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Diário da peste

É VISÍVEL como alguns grandes jornais começaram a semana trocando um pouco o foco para cobrir áreas essenciais que ficaram desguarnecidas por semanas. Eu acho que também tem a ver com o cansaço do leitor que não aguenta mais ler sobre coronavírus.

banrisul parceiraJABUTI não sobe em árvore e se você encontrar é porque alguém o colocou nela, reza a sabedoria mineira. Pode ser por aí a explicação, o fastio pelo mais do mesmo.

CORRO o risco de ser mal entendido, mas no Brasil, excetuando capitais críticas como São Paulo, pela aglomeração natural de uma cidade de 12 milhões de habitantes, e Manaus, mais pelo colapso da inadequada saúde pública, a explosão exponencial de casos ainda não aconteceu.

NÃO entro no mérito do isolamento, que algumas vozes especializadas sugerem seja estendido de forma intermitente até 2022 – isso mesmo, 2022.

ATÉ  o final da tarde de ontem, o Brasil registrava “novo recorde diário” de mortes pelo coronavírus, um total de 1.532 para 25.262 casos confirmados. Qual é a palavra que inicia o título? Recorde. É disso que tenho bronca. É evidente que a cada dia temos um novo recorde, ora bolas. É nossa vocação para o pânico.

O FMI estima que a economia mundial se recupere rapidamente, mas que, no Brasil, ela será mais lenta. Faz todo o sentido. Mas será graças à iniciativa privada. porque a União, Estados e municípios estão quebrados e com viés de aceleração de quebradeira. Imagina agora que limparam a pouca poupança e estouraram o limite do cheque especial.

ASSIM como os corpos têm assinatura térmica, pululam sacerdotes e sacerdotisas do coronavírus com essa assinatura. Nenhuma boa notícia é bem-vinda. E se alguém não concorda com eles, é um degenerado. É a nova face do fundamentalismo guasca.

Pensamento do Dias

Como dizia o coronavírus, tô dentro.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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